terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Hortas e Percepções

“Uma horta é uma festa para os cinco sentidos. Boa de cheirar, ver, ouvir, tocar e comer. É coisa mágica, erótica, o cio da terra provocando o cio dos homens”.
  Rubem Alves

Eu tenho uma horta em minha casa, começou pequena, vasos na parede para que Kymi Francisco (meu cachorro) parasse de comer o delicioso hortelã a arruda e depois todas as deliciosas ervas.

Era bom de ver, de sentir, mas os vasos foram morrendo, morrendo, ate que nada sobrou da minha horta.Que desilusão, afinal escolhi as mudas, plantei com carinho, adubei, conversei com elas e mesmo assim....se foram! O que faltou?

Deixei os vasos vazios por um tempo, mas vê-los daquele jeito era ainda mais triste.Nova empreitada, mais mudas, húmus, terra, argila expandida, sol, água e carinho.

Colhi algumas vezes,me entusiasmei ...agora sim....mas, que nada, depois de um tempo...começaram a morrer de novo.Fiquei pensando, observando e então percebi o que estava ali, claro, bem na minha frente.

Minha horta, assim como tudo e todos, não morria por teimosia, mas sim porque tudo tem seu tempo .... tempo de nascer, de crescer, de produzir, de se renovar e de renascer.

Depois que entendi e aceitei esta lei, para cada vaso que produz e encerra seu ciclo, lá vou eu, jardineira, espalhar novas sementes para a renovação da vida!






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